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BOPP com ou sem tratamento corona? Entenda a diferença e os impactos

  • Foto do escritor: Polymark News
    Polymark News
  • 11 de jul.
  • 3 min de leitura

O tratamento corona é um processo físico que altera a tensão superficial, da superfície do BOPP, usando descarga elétrica controlada. Isso torna a superfície mais receptiva a tintas, adesivos e outros materiais. O tratamento corona não só define a propriedade de impressão do filme, mas impacta diretamente na validade do produto. De uma maneira geral, o BOPP possui uma validade bastante longa quando armazenado corretamente, em temperaturas entre 18C° a 28°C e umidade relativa de 60%. 

Os valores ideais de tratamento superficiais variam de 38 a 40 dinas. Valores abaixo de 36 dinas interferem na ancoragem da tinta. Valores superiores a 42 dinas interferem na qualidade de selagem do material chegando a contaminar a outra superfície, o chamado tratamento passante.

O tratamento funciona criando grupos polares (como carbonilas e hidroxilas) na superfície, que aumentam sua tensão superficial. No entanto, essa alteração é superficial e instável com o tempo, por alguns motivos:




Reorientação molecular


As cadeias de polipropileno na superfície tendem a retornar ao seu estado original, reorganizando-se de maneira a minimizar a energia superficial. Isso reduz a polaridade criada pelo corona.


Migração de aditivos internos


Aditivos como antibloqueantes, deslizantes, antioxidantes (presentes no BOPP para melhorar o processamento e desempenho) podem migrar para a superfície, criando uma camada que interfere no tratamento, abaixando a energia superficial.


Oxidação e umidade


Fatores ambientais como oxigênio, umidade e luz UV também contribuem para a degradação dos grupos funcionais criados, diminuindo a eficácia do tratamento corona.


Por que a validade do BOPP é de 6 meses?


Essa validade de 6 meses (a partir da data de fabricação) é uma recomendação padrão da indústria, porque:


É o período médio em que o nível de tratamento (tensão superficial) se mantém acima de 38 dinas/cm, considerado o mínimo para boa adesão.


Após esse período, a chance de queda para níveis críticos (<36 dinas/cm) aumenta significativamente. Dependendo do tipo de BOPP e das condições de armazenamento (calor, umidade, contato com poeira), o tratamento pode degradar bem antes disso.


Muitas empresas do ramo de conversão fazem impressão e até laminação passando o material por tratadores. Isso faz com que haja uma reafirmação do tratamento e não ocorra problemas de ancoragem ou desprendimento da tinta depois de um tempo em que a embalagem foi impressa.


estoque bopp

Mas é preciso ter cuidado ao aplicar um novo tratamento corona em um BOPP já tratado, pois isso pode causar degradação térmica ou química da camada superficial, resultando em: fragilidade ou microfissuras, formação de pó e até perda de propriedade óticas (amarelamento e opacidade). Paradoxalmente, o excesso de tratamento pode criar uma camada superficial quimicamente instável, que não fixa bem tintas ou adesivos.


No âmbito das propriedades físicas do material, o excesso de tratamento pode aumentar o coeficiente de atrito, inibindo os aditivos migratórios e dificultando o deslizamento nos equipamentos de envase ou no desbobinamento, por isso, ao reaplicar o tratamento na hora da impressão ou laminação, deve-se tomar alguns cuidados como: medir a condição atual do tratamento, realizar um teste de aplicação antes da liberação do processo para verificar se não houve excesso de tratamento, usar corona de baixa intensidade, realizar teste de adesão (teste Scot) e, se possível, consultar o fabricante para confirmar se a formulação daquele material permite esse trabalho.


Já o BOPP sem tratamento é usado em aplicações que não envolvem impressão e laminação, como materiais para proteção de cartucho, agrupamentos de bolachas que serão acomodados em uma embalagem secundária impressa ou produtos em que o conteúdo fica exposto. Nesses casos, a validade pode ser estendida por um ano ou mais, desde que seja feita um análise para verificar se não houve modificações em suas propriedades após esse período.


O BOPP é um material versátil, durável e resistente, porem exige uma atenção no seu acondicionamento e manuseio, principalmente na exposição de calor ou frio excessivo, além de retrabalhos agressivos como a reaplicação do corona. Esse material possui aditivos migratórios que produzem o deslizamento e inibem a estática e a blocagem, além disso, existem inúmeras configurações de engenharia para atender as mais variadas exigências de projetos no mercado de embalagens e isso faz com que esse material seja tão procurado por convertedores nos diversos segmentos do mercado.

SOBRE NÓS:


A Polymark está há 29 anos distribuindo filmes flexíveis para uma ampla gama de aplicações, incluindo embalagens para o setor alimentício, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, farmacêuticos, envoltórios para presentes, flores, rótulos para garrafas e etiquetas.

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