Como nasce o filme que dá vida às embalagens?

O nascimento de um filme de BOPP é um processo industrial complexo que envolve engenharia química, processos térmicos e mecânicos de estiramento. A resina nasce na destilação fracionada do petróleo bruto em uma refinaria, uma dessas frações é a nafta, um líquido inflamável leve, essencial para a produção de olefinas como o eteno e o propeno (ou propileno), então esse propeno é purificado em um monômero de polipropileno por meio de polimerização, esse polímero é extrusado e cortado em grânulos e enviados às indústrias que fazem o processo de estiramento e criação do filme.

Os grânulos comprados na refinaria entram em uma outra extrusora que são derretidos, formando uma massa fundida de um homopolímero, cerca de 90% da massa do BOPP e 10% de aditivos que dão propriedade de deslizamento, antiestáticos e anti-blocagem. Aqui temos uma linha de bifurcação entre três linhas de materiais: no caso de materiais transparentes, segue essa linha de resinas, se for mate fosco irão entrar aditivos para gerar essas características e se for perolizado entrarão cargas minerais, pigmentos brancos que criam micro células de ar durante a etapa de estiramento, responsáveis pela difusão da luz que dá o aspecto branco opaco e perolado. Então, essa massa passa por uma fenda chamada (die) formando uma manta espessa já na forma de filme cast, em seguida segue para o início do estiramento longitudinal, também chamado de (DM) sentido de máquina.

Inicialmente o filme passa por rolos aquecidos a óleo para atingir a temperatura ideal de estiramento e depois passa por rolos que possuem velocidade diferentes produzindo o estiramento e já diminuindo sua espessura, depois passa por um túnel aquecido para que a massa possa ir para o processo seguinte de estiramento, o estiramento transversal, ou (DT) que por meio de pinças é estirado até ganhar a forma final, então o material que foi deformado pelas pinças nesse processo é removido, no caso de materiais que vão para impressão, laminação ou processos de metalização o material passa por um tratador corona, que é um processo em que o material passa por descargas elétricas de alta frequência entre 5 e 30 KV, oxidando levemente e modificando a energia superficial do material, introduzindo grupos polares como carbonila e hidroxilas que aumentam a molhabilidade do BOPP. O material então é resfriado para ser rebobinado em uma bobina mãe de até oito metros. Esse material é então levado para as cortadeiras para separar em bobinas menores para serem vendidas ou passarem por outros processos, como o de metalização.

No caso de materiais que serão metalizados, são colocados em uma câmara a vácuo onde são aquecidos fios de alumínio até se vaporizarem e aderirem na superfície onde o material sofreu tratamento, ali ele se resfria e condensa em uma ultrafina camada de alumínio uniforme entre 20 e 50 nanômetros. São realizados testes de espessura, uniformidade e densidade ótica, além de verificação de barreira à luz/UV, aderência à tinta, ancoragem do metalizado e umidade de vapor de água. Essa aplicação de alumínio faz com que esse material tenha uma excelente barreira que os outros materiais da linha não possuem e pode ser utilizado como objeto de laminação e impressão para proteção de produtos alimentícios, farmacêuticos, cosméticos entre outros segmentos.

A produção de BOPP é um processo altamente tecnológico, com máquinas que possuem 150 metros de extensão, totalmente automatizadas, com silos de carga de resina que variam entre 18 a 30 metros dependendo da sua capacidade e necessitam de no mínimo uma área de 10.000m² apenas para a parte produtiva. Com isso, podemos dizer que o BOPP tem um valor agregado de produção muito alto e é por isso que é amplamente consumido no mercado.

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SOBRE NÓS:

A Polymark está há 29 anos distribuindo filmes flexíveis para uma ampla gama de aplicações, incluindo embalagens para o setor alimentício, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, farmacêuticos, envoltórios para presentes, flores, rótulos para garrafas e etiquetas.