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Da matéria-prima à bobina final

  • Foto do escritor: Polymark News
    Polymark News
  • 8 de ago.
  • 3 min de leitura

O processo de fabricação do BOPP envolve a orientação biaxial do filme de polipropileno, ou seja, ele é esticado tanto no sentido longitudinal (máquina) quanto no sentido transversal. Isso melhora suas propriedades mecânicas e óticas. Esse equipamento recebe a resina em forma de grânulos que vem da refinaria e entra em uma máquina extrusora multicamadas.


O processo industrial de fabricação do BOPP pode ser dividido em várias etapas, cada uma utilizando equipamentos específicos:


1. Extrusão - Equipamento: Extrusora plana (Flat Die Extruder)


O polipropileno em forma de pellets é fundido numa extrusora. Nessa etapa tanto o homopolímero (massa que dá corpo ao material com cerca de 90% do filme), quanto os copolímeros (que dão as propriedades de deslizamento, antibloking e antiestático) se misturam ao filme. O material fundido é empurrado por uma matriz plana (die flat) e se transforma em um filme grosso e ainda amorfo.


matéria prima plásticos grandes

2. Resfriamento (Casting) - Equipamento: Cilindros de resfriamento (Chill Roll)


O filme fundido passa sobre rolos refrigerados, que solidificam o material formando uma folha (cast film). O filme ainda está espesso e não orientado.


3. Orientação Longitudinal (Estiramento no sentido da máquina - MD)


Equipamento: Estirador longitudinal (Machine Direction Orienter - MDO)


O filme é aquecido e esticado longitudinalmente, aumentando seu comprimento e afinando sua espessura por diferença de velocidades de roletes aquecidos a óleo. Isso alinha as moléculas de polipropileno no sentido da máquina, melhorando resistência mecânica e as propriedades ópticas do material.


4. Orientação Transversal (TD) - Equipamento: Estirador transversal (Tenter Frame)


O filme entra em um forno aquecido com garras que puxam o filme para os lados. Isso faz o estiramento transversal (TD – transverse direction), neste momento o material já se encontra na espessura programada que pode variar de 15 a 50 micras completando a orientação biaxial.


5. Tratamento Superficial - Equipamento: Corona Treater ou Plasma Treater


O filme passa por um tratamento superficial (geralmente corona) para melhorar a adesão de tintas e vernizes. Isso acontece quando o BOPP puro que possui uma superfície quimicamente inerte e com baixa energia superficial, passa entre um rolo condutor (geralmente revestido com cerâmica ou silicone) e um eletrodo, que aplica uma descarga de alta frequência e alta tensão entre 10 e 20 kV). O ar entre o eletrodo e o filme é ionizado, formando a "corona". Essa descarga quebra ligações moleculares da superfície do filme, introduzindo grupos polares (como carbonila, hidroxila) aumentando a tensão superficial do BOPP de aproximadamente 30 dynas /cm para cerca de 38–42 dynas/cm, nível ideal para impressão ou laminação.


6. Rebobinamento e Corte


Equipamento: Rebobinadeira e cortadeira (Slitter Rewinder)


O filme final sai da máquina em um jumbo de 8,5 metros com o peso entre 1000 e 2000kg, então é cortado em larguras específicas conforme os pedidos programados dos clientes.


Uma linha de uma máquina Brückner (líder mundial em tecnologia para filmes biorientados) tem velocidade produtiva de 500 a 600 metros por minuto, ou seja, uma linha Brückner de 8,7 m operando 24h/dia, 30 dias/mês, com espessura média de 20 micras pode atingir mais de 80.000 toneladas por ano (ou seja, 6.500 a 7.000 toneladas por mês, em ritmo contínuo e estável).


As linhas de produção de BOPP conta com equipamentos extremamente assertivos e processos automatizados que minimizam os desvios de qualidade desse produto, por isso é tão procurado no mercado de flexíveis.

A Polymark está há 29 anos distribuindo filmes flexíveis para uma ampla gama de aplicações, incluindo embalagens para o setor alimentício, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, farmacêuticos, envoltórios para presentes, flores, rótulos para garrafas e etiquetas.


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